Todos os patinhos...

No passado Sábado fui visitar a família perto de Leiria. Depois de autoestradas entrei em Leiria-Este e quando ao sair de uma rotunda me preparava para passar a ponte sobre o rio Liz, vi um carro em sentido oposto virar subitamente contra o passeio, parar, a porta do condutor a abrir e o mesmo já de uma certa idade, atravessar a estrada à minha frente a correr. Parei... sem reação a tentar recolher mais informação visual e pronto para sair também para qualquer tipo de intervenção necessária. Mais uns segundos e o senhor já idoso ajoelhou-se junto ao passeio de meu lado e pôs as mãos no chão. Só então vi uma fileira de patinhos a correr na estrada, uns sete ou oito e a mãe pata muito mais atrás, na vertente do rio. Começou então o senhor a apanhar patinhos e a atirá-los sem cerimónia para a berma em direção à mãe e à segurança do rio. Eu? 4 piscas só! A minha presença não era de todo requerida. Era só entre aquele humano e os patinhos, o sentido de proteger seres que estavam em perigo, seria um intruso na sua urgência e emergência. Pensei em sacar a minha máquina e guardar aqueles momentos para sempre, mas de novo instintivamente tudo me pareceu privado demais. Alguém atrás de mim apitou... "Paciência!" pensei "Minha para não retorquir e vossa. Fazem-se coisas importantes aqui à minha frente."

Os patinhos foram todos recolhidos e postos fora de perigo. E o nosso Sábado continuou sem nada a relatar.

Comentários

  1. Que docura, que ainda hajam pessoas que parem para ajudar os patinhos.
    Nao como alguns que por ai andam que passam tudo a ferro que se encontra a frente do bolide deles, com a desculpa de que nao podiam parar porque.....iam depressa demais = depressa demais!

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