O Medo
"O meu avô temia e devia; o meu pai devia; eu não temo e nem devo". - El-Rei D. João V Penso que estamos todos a par da saga nórdica que tem afligido a Marinha Portuguesa nesta última semana talvez pelo facto do NRP Mondego ser um navio recauchutado da Marinha Dinamarquesa e andar por esses mares fora há mais de 30 anos. O Estado Português sempre viveu e alimentou o Medo. Não houve qualquer mudança desde El-Rei D. João V e não há revolução "para inglês ver" que tenha sucedido em quebrar o status quo. Os cidadãos precisam do Estado para um sem número de ações durante as suas vidas (muitas delas desnecessárias), seja para documentação, impostos, tribunais... A impunidade estatal é lendária e sem recurso e o Medo faz com que os cidadãos não só não apresentem queixa (há uma lamentável carência processual e a existente tende a desvanecer-se na famosa palavra prescrição), como desistam de qualquer recriminação porque nunca, nunca será respeitada ou atendida. O Estado
