As armas e os barões
Esta notícia do Público dá-me que pensar. Curiosa esta Lei. Qual era Lei antes? Havia alguma? Não havia limites? Então não se mexa mais porque sem limites é que é bom.
Se bem me lembro (perdoa–me Vitorino Nemésio) qualquer cidadão poderia ter uma (ou cem) armas de fogo em casa, desde que fossem declaradas à PSP ou GNR, sim porque a Polícia tem de saber destas coisas não vá entrar de “soslaio” em casa alheia e levar com dois cartuchos de 13 nas nalgas por simples ignorância.
Porquê esta celeuma acerca de armas? Que eu saiba Portugal não está à beira do colapso social tipo Estados Unidos, os quais têm a dúbia honra de liderar a taxa de mortes violentas (tirando guerras e outros pruridos) com armas de fogo no mundo Ocidental. Fanáticos da National Rifle Association liderada pelo famoso e menos saudoso Charlton Heston sempre defenderam o direito inalienável do cidadão americano possuir armas de fogo e eventualmente criar “milícias” para proteger a Constituição. Também argumentam que “não é a arma que mata, mas a pessoa que puxa o gatilho!” um raciocínio disforme, do mesmo modo que não é a heroína que mata mas a pessoa que pica a veia com a seringa... vá–se lá saber porque é que esta última é ilegal há mais de 80 anos, embora fosse “queque” usar–se esta substância em sociedade até ao fim dos anos 20. Facto é que os americanos têm uma relação que eu poderia chamar de difícil com as armas de fogo. Facto também que a facilidade com que se pode adquirir uma pistola, metralhadora, carabina e muito mais em qualquer WalMart (o Continente lá da terra) como quem compra meia dúzia de Super Bocks não ajuda muito.
Vem–me à memória outro país, a Suíça. Em todas as casas há pelo menos uma metralhadora e algumas granadas de mão pois todo o cidadão é um potencial soldado e guardião de farda e equipamento em sua casa. A criminalidade com armas de fogo é muito baixa e não há prémio a atribuir a quem adivinhe porquê!
Em Portugal as coisas são mais calmas. Todos podem ter uma caçadeira em casa mas se quiserem transportar tal palamenta na via pública têm de ter uma licença de caça (e só em fins–de–semana e alguns feriados). E isto não é nada bom para a moral das nossas perdizes, lebres, javalis e resto da bicharada. Há mais caçadeiras em Portugal do que há bichos para caçar. A arma de fogo passa a ser um ornamento ou acontecimento social de um certo estrato. Quanto ao crime? A maior parte das vezes é feito com armas ilegais portanto fora da jurisdição e alcance desta Lei.
Passe–se esta Lei asinha e adicione–se o seguinte... que a lista de todos os detentores de armas de fogo mais as suas moradas seja tornada pública, assinalem–se todos e todas. Acalmar–se–á assim muita vizinhança (os que têm e sabem que têm e os que não têm e sabem os que têm!) e também muita ladroagem. E registe–se tudo, a carabina telescópica, a Beretta automática, o canhangulo, o mosquete e a fisga. Assim todos nós saberemos com o que contar, ladrões e honestos.
Sugiro à nossa dilecta e trabalhadeira Assembleia da República que se concentre de imediato na próxima Lei: a do assinalar compulsivo de todos os barões, caciques e outros indivíduos de “mau porte”.
Se bem me lembro (perdoa–me Vitorino Nemésio) qualquer cidadão poderia ter uma (ou cem) armas de fogo em casa, desde que fossem declaradas à PSP ou GNR, sim porque a Polícia tem de saber destas coisas não vá entrar de “soslaio” em casa alheia e levar com dois cartuchos de 13 nas nalgas por simples ignorância.
Porquê esta celeuma acerca de armas? Que eu saiba Portugal não está à beira do colapso social tipo Estados Unidos, os quais têm a dúbia honra de liderar a taxa de mortes violentas (tirando guerras e outros pruridos) com armas de fogo no mundo Ocidental. Fanáticos da National Rifle Association liderada pelo famoso e menos saudoso Charlton Heston sempre defenderam o direito inalienável do cidadão americano possuir armas de fogo e eventualmente criar “milícias” para proteger a Constituição. Também argumentam que “não é a arma que mata, mas a pessoa que puxa o gatilho!” um raciocínio disforme, do mesmo modo que não é a heroína que mata mas a pessoa que pica a veia com a seringa... vá–se lá saber porque é que esta última é ilegal há mais de 80 anos, embora fosse “queque” usar–se esta substância em sociedade até ao fim dos anos 20. Facto é que os americanos têm uma relação que eu poderia chamar de difícil com as armas de fogo. Facto também que a facilidade com que se pode adquirir uma pistola, metralhadora, carabina e muito mais em qualquer WalMart (o Continente lá da terra) como quem compra meia dúzia de Super Bocks não ajuda muito.
Vem–me à memória outro país, a Suíça. Em todas as casas há pelo menos uma metralhadora e algumas granadas de mão pois todo o cidadão é um potencial soldado e guardião de farda e equipamento em sua casa. A criminalidade com armas de fogo é muito baixa e não há prémio a atribuir a quem adivinhe porquê!
Em Portugal as coisas são mais calmas. Todos podem ter uma caçadeira em casa mas se quiserem transportar tal palamenta na via pública têm de ter uma licença de caça (e só em fins–de–semana e alguns feriados). E isto não é nada bom para a moral das nossas perdizes, lebres, javalis e resto da bicharada. Há mais caçadeiras em Portugal do que há bichos para caçar. A arma de fogo passa a ser um ornamento ou acontecimento social de um certo estrato. Quanto ao crime? A maior parte das vezes é feito com armas ilegais portanto fora da jurisdição e alcance desta Lei.
Passe–se esta Lei asinha e adicione–se o seguinte... que a lista de todos os detentores de armas de fogo mais as suas moradas seja tornada pública, assinalem–se todos e todas. Acalmar–se–á assim muita vizinhança (os que têm e sabem que têm e os que não têm e sabem os que têm!) e também muita ladroagem. E registe–se tudo, a carabina telescópica, a Beretta automática, o canhangulo, o mosquete e a fisga. Assim todos nós saberemos com o que contar, ladrões e honestos.
Sugiro à nossa dilecta e trabalhadeira Assembleia da República que se concentre de imediato na próxima Lei: a do assinalar compulsivo de todos os barões, caciques e outros indivíduos de “mau porte”.
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